Mecanização preocupa assalariados (as) rurais do nordeste
Seminário promovido pela Contag reúne as nove Fetags da região para apontar possíveis soluções para o problema A cultura da cana-de-açúcar é fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país. A mecanização da colheita é um caminho sem volta que causará graves problemas sociais. Para refletir sobre o tema e propor soluções imediadas e de longo prazo a Contag promove desde ontem (23), um seminário em João Pessoa – PB, com representantes de todas as Fetags e de entidades ligadas ao tema. O objetivo do seminário é propor soluções imediatas e também de longo prazo para dimiuir o impacto que terá na vida dos (as) assalariados (as) rurais que vão perder o emprego. O presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da Paraíba, Liberalino Ferreira, tem consciência que esse é um tema complicado e que as soluções precisam ser pensadas tanto local quanto nacionalmente. “Estamos dispostos a dialogar e pensar em ações que pelo menos possam minizar os efeitos da mecanização”, afirma. O secretário de Assalariados (as) Rurais da Contag, Antonio Lucas, aposta na capacitação desses trabalhadores (as). Segundo ele, o investimento em formação permite que uma grande parcela desse público seja realocada em outros setores. A cultura da cana é fator preponderante para a produção de açúcar e etanol, além de servir de matéria-prima para diversas indústrias. A crescente mecanização da colheita já está afetando o emprego de milhares de cortadores de cana. Técnicos da Embrapa, do Departamento Intersindical de Estudos e Eestatísticas (Dieese) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, (Ipea), colaboraram com as reflexões levantando aspectos do impacto da mecanização na relação de trabalho. Antonio Lucas também colaborou com a leitura do cenário atual dos cortadores de cana. O secretário disse que é preciso cobrar soluções dos empresários e também do governo. “É um problema da sociedade e precisamos pensar em soluções, e em recursos para isso. Nós, do movimento sindical já estamos alertando para essa questão tem muito tempo”, reivindica. Todos os encaminhamentos do seminário foram reunidos em um documento que será entregue aos governos da região Nordeste e também ao Governo Federal. | |
Fonte: Agência Contag de Notícias – Suzana Campos |