Trabalhadores e trabalhadoras rurais participam do 3º Grito da Terra Sergipe

Aracaju ficou pintada de verde. No dia 14 de Julho a FETASE realizou a edição do 3º Grito da Terra Sergipe. Participaram do ato cerca de 3 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais dos 74 municípios do Estado que marcharam pelas ruas da capital reivindicando melhorias para o homem e a mulher do campo. A concentração do evento foi na Praça da Bandeira percorrendo as principais avenidas da cidade e sendo encerrada em frente ao Palácio de Despachos do Governo Estadual, onde os líderes do movimento se encontraram com o governador Marcelo Déda, a fim de discutirem uma pauta com 39 itens de reivindicações, que havia sido encaminhada ao Governo na última semana e que foi pré-estudada e analisada por Déda e seus secretários.
O governador recebeu, na sala de reuniões do seu gabinete, a comissão formada por diretores da FETASE, representantes dos Polos Sindicais, Aristides (secretário de administração e finanças da CONTAG), Rosicléia (secretária de meio ambiente da CONTAG) e Raimundinha (coordenadora da regional nordeste da CONTAG). Estiveram presentes também na entrega das reivindicações a primeira-dama do Estado e secretária da inclusão, Assistência e Desenvolvimento social, Eliane Aquino, o vice-governador Jackson Barreto, o deputado federal Heleno Silva, os secretários de Estado da Casa Civil, Jorge Alberto; Agricultura, José Sobral; Planejamento e Gestão, Oliveira Júnior; de Articulação e Relações Institucionais, Francisco dos Santos; de Políticas para Mulheres, Maria Teles; o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza, o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano; o presidente da Pronese, Manoel Hora; dentre outros representantes de órgãos governamentais e entidades sindicais.

Encaminhamentos

O governo do Estado comprometeu-se verbalmente com o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais que num prazo de 15 dias encaminharia uma resposta por escrito sobre todas as 39 reivindicações da pauta. Segundo Deda, o documento relatará o que está sendo feito, o que não pode ser feito, quais as soluções intermediárias e, destacou a sua determinação para que os secretários se empenhem pessoalmente nessas questões.
“Essa é minha obrigação, como governador, em dar resposta às demandas apresentadas pelo respeito que tenho pelo movimento dos trabalhadores rurais, o qual acompanho desde o final da década de 1970”, declarou o governador, dirigindo-se à presidente da Fetase, Maria Lúcia Moura.

“Este ano, eu preparei uma reunião, com todos os secretários das respectivas pastas, para responder totalmente às demandas apresentadas na pauta de reivindicação que nos foi encaminhada. Expliquei aos representantes que nem todas as solicitações poderão ser atendidas pelo fato de estarmos vivenciando uma situação delicada, do ponto de vista financeiro, o que nos obriga a executar um rigoroso programa de contingenciamento. Mas também fiquei feliz em anunciar que diversas iniciativas já estão em estudo e de ouvir o reconhecimento pelo que já avançamos em nosso Governo”, anunciou o governador.
Finalizada a reunião, Deda foi ao encontro dos trabalhadores e trabalhadoras rurais que esperavam ansiosos as sinalizações positivas do governo para suas reivindicações: “Quero agradecer esta visita dizendo que é um orgulho para este Governo receber pela terceira vez os trabalhadores rurais no dia do ‘Grito da Terra’ aqui em Sergipe”, afirmou o governador, ao lembrar que no primeiro ano os trabalhadores foram recebidos por seus secretários, já que se encontrava em viagem.
Para Lucia Moura, presidenta da Fetase, o encontro consolidou o êxito do evento realizado pelos trabalhadores trabalhadoras rurais sergipanos, a receptividade e atenção dispensada pelo governador à nossa pauta, mostrou seu compromisso com o dialogo com a nossa classe. A partir do momento que o governador sinaliza que nossas reivindicações já estão em andamento e que também poderemos contar com o apoio do Governo na busca de alternativas para o que não pode ser realizado agora, percebemos o empenho dessa administração para solucionar as questões do campo. Este é um marco nas relações entre o Governo e o movimento dos trabalhadores rurais em Sergipe, disse Lúcia.
Durante o ato foi possível notar a participação de homens e mulheres rurais, entre eles jovens, crianças e terceira idade, que ao som de músicas alusivas ao homem do campo animaram o evento e mostraram para a sociedade sergipana o compromisso e a importância da classe trabalhadora rural para o desenvolvimento do Estado. Participaram também representantes da EMDAGRO, da CTB, da delegacia federal do MDA.